sábado, 12 de março de 2011

pós-maremoto

na última sexta-feira, nós ocidentais fomos acordados pelas imagens da tragédia no japão. passamos o dia no impacto daquela língua negra de água arrastando velozmente tudo o que encontrava pela frente. não estou segura, mas imagino que descontando os psicopatas, que entre outras coisas não possuem empatia, todos passamos o dia com um nó no estômago, principalmente porque ao horror das imagens somou-se um localizado acidente nuclear, de proporções ainda não muito claras. 
chegando em casa à noite, fui recebida pela corrida de meus dois sobrinhos, que entraram comigo para papear. conversa vai, conversa vem, chega o inevitável assunto japão, a tragédia, o tsunami, os últimos acidentes naturais de proporções similares. foi aí que o bernardo, do alto dos seus 10 anos, me pergunta se esse foi um dos maiores terremotos de que temos notícia, e já emenda no raciocínio de que antes de existirem o homem e a máquina que mede os terremotos,  lá  no tempo da pangeia, os terremotos deviam ser maiores, né, senão eles não teriam conseguido dividir os continentes, que até hoje se encaixariam todinhos, se a gente conseguisse.  
meu sobrinho de 10 anos discursando sobre pangeia.  eu sei que é egoísmo, mas é uma alegria quando a tragédia está distante da gente.

Um comentário:

  1. Muito bom! Hahahaha! Mas eu acho que até hoje os planetas se movem, não? Hahahaha! Agora você me pôs pra pensar! Nana, ótimo blog! Postagens muito boas! Amo você, Lucas!

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